Quando pequena férias era sinônimo de Santa Catarina, era para Meia Praia, Balneário Camboriu e Florianópolis os meus destinos de férias de verão. Sempre foram cerca de 10 a 15 dias na praia e apesar de serem férias a rotina era quase a mesma: acordar cedo e tomar café da manhã com pão quentinho, arrumar todas as coisas e carregá-las para a praia, mergulhar no mar, voltar para casa e ficar o resto do dia curtindo uma preguiça gostosa. Por conta própria ou por excursão, as longas horas de viagens rumo a Santa Catarina tornaram-se uma tradição de férias de verão entre mãe e filha. Apesar de não gostar de ter o hábito de viajar para o mesmo lugar com frequência, Santa Catarina é um estado que sempre me fez feliz, onde passei a fazer amizades e andar rumo as descobertas além da praia. De lá… só tenho boas lembranças!
Foi de minha mãe que herdei a doença do bixinho viajante. Ela é como eu: dá um dedo para viajar e conhecer coisas bonitas. Para nós, não há hobbye melhor do que viajar. E para mim, não há companhia melhor do que viajar com a pessoa que mais amo nesse mundo.
Viajar com a mãe exige respeitar as vontades e limites uma da outra. Somos ligadas no 220 mas temos idades diferentes e isso influência no tempo de duração de “bateria” de cada uma. É absolutamente normal que a minha mãe canse mais rápido do que eu. Ela já passou por duas angioplastias e teve de mudar todo o seu estilo de vida.
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Minha mãe viu no meu intercâmbio em Portugal uma ótima oportunidade para viajar pela Europa. Ela já veio duas vezes, a primeira em 2013 e a segunda em 2015. Ambas as viagens foram bem diferentes uma da outra e notamos claramente o quanto descobrimos e aprendemos mais uma sobre a outra. Preciso dizer que ambas as experiências de viagens foram incríveis?
Viajar com a mãe é incrível e um verdadeiro curso intensivo de viagem. Viajar com a mãe é pensar, pesquisar e organizar a melhor viagem da vida dela e para isso há algumas coisinhas as quais devemos considerar antes de colocar o pé na estrada com aquela que foi responsável pela nossa primeira viagem ao mundo.
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Como é a sua mãe?
A minha mãe é moderna. Não gosta de perder tempo nas tarefas domésticas, mas passa um tempão assistindo novelas e na internet conversando com as amigas e claro, com a filha, neh? rsrs. Adora presentinhos para a casa e vive comprando coisas que às vezes nem tira da embalagem com medo de usar. É religiosa, adora batata frita e prepara uma maionese caseira como ninguém.
A maioria das coisas que aprendi foi ela ela. Iindependência persitência e economia sempre foram as pautas principais dos seus ensinamentos, os quais aplico no dia a dia e também nas minhas viagens.
Mamãe é minha grande inspiração de vida. É destemida, passou 33 anos trabalhando como auxiliar de enfermagem e aos 55 anos realizou o sonho de trabalhar com números. Além de aposentada e Gerente Executiva do lar, passou a administrar a Prestaron – uma empresa de dedetização que meu padastro comprou em Ji Paraná/Rondônia.
Para onde vamos?
As vindas da minha mãe para a Europa é sempre uma ocasião perfeita para viajar para os lugares que já conheço e também para aqueles que sempre quis conhecer, mas que por falta de companhia ou tempo nunca conheci.
Você, melhor do que ninguém conhece a sua mãe. Sabe dos seus hábitos, estilo e gostos pessoais. Minha mãe é amorosa, decentende de alemães, adora praias e gosta de comida italiana. Na sua primeira viagem para a Europa fiz um roteiro que iniciou em Paris seguindo para Berlim, Santorini e Roma. Todos os destinos combinavam perfeitamente com os gostos de mamãe.
Quantos dias mãe?
As viagens com a minha mãe recebem sempre o título de “Grande Viagem”, o motivo se dá por termos um roteiro com vários dias e destinos de viagens. A primeira foi 21 dias e 5 cidades a segunda 16 dias e 7 cidades. Quando uma viagem com a mãe for mais de 7 dias, procure incluir no meio do roteiro cidades mais calmas ou então mais dias numa cidade.
Mãe… onde vamos dormir?
Cada viajante tem um requisito báscico para escolher onde se hospedar. O meu critério de decisão entre uma hospedagem e outra fica sempre entre o preço e a localização. Mas numa viagem com a mãe, os requisitos básicos aumentam, pois há de ter mais consideração pelo conforto.
Com a minha mãe eu já fiquei hospedada pelo Airbnb, hoteis, hostel e casa de amigos. Além dos requisitos básicos de escolha, considerei bastante o tipo de experiência que podiamos ter na hospedagem escolhida, como por exemplo, interagir com uma pessoa nativa daquele local.
Gerir as alternativas de atrações
Por mais coisas em comum que mãe e filhos tenham, há sempre algum momento que os interesses vão para lados opostos. É absolutamente normal e nestas ocasiões há sempre de gerir as alternativas. Inclua no roteiro atrações de interesse comum, mas também aquelas que sabe que a sua mãe vai adorar. Se deseja muito visitar uma atração que não é nada de interesse de sua mãe, proponha a ela que ocupe esse tempo descansando, fazendo comprinhas de souvenir ou então visitando outra atração.
Quem faz o quê?
Uma viagem com a mãe engloba várias tarefas: pesquisar e planejar, criar roteiro, providenciar toda a documentação, gerir o tempo, fazer as malas, se orientar através de um mapa… E muitas vezes, numa viagem com a mãe é o filho a pessoa responsável por tudo isso e mais alguma coisa. Para que não fique sobrecarregado, atribua algumas tarefas à sua mãe, como por exemplo, a responsabilidade de fazer as malas ou de te ajudar com a organização da documentação. Por mais que queira fazer o melhor pela mamãe e dar o mínimo de trabalho à ela, lembre-se que não está viajando a solo e que as mães adoram ajudar e estar envolvida com os filhos.
Os papeis se invertem
Durante muito tempo, era mamãe a responsável por decidir o destino das férias, a data de ida e regresso, e o que faríamos… Viajar com a mãe não só te coloca numa posição invertida como intensifica o sentimento de preocupação e dedicação, afinal é a sua mãe e para ela se deseja e se faz o melhor.
Mamãe é uma verdadeira caixinha de surpresas
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E quando você pensa que sabe tudo sobre a sua mãe… é viajando que você descobre que, embora tenha toda uma vida ao lado dela, há sempre coisas a serem descobertas. Segredos de infância, lembranças adormecidas, novidades que ficaram para serem contadas pessoalmente… É incrível saber que a sua mãe é uma caixinha de surpresas, não é?
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Que fofas! Viajar com a mãe é muito legal mesmo! Mas a minha mãe é mais exigente com hotel… Eu já sigo as mesmas diretrizes de escolha que você… preço e localização! Minha meta é conseguir convencer mamãe a ficar em hostel comigo! Eu adoro hostels! hehehe Se um dia eu conseguir, volto aqui pra contar! 🙂
Não sei se eu sobreviveria a essa viagem com a minha mãe! hahaha… acho que temos ritmos muito diferentes de viagem e alguém teria que ceder… mas quem? rs…
Mas rola uma invejinha boa dessas suas viagens com a sua mãe! Deve ser ótimo ter um pouco de casa aí na Europa 😉
Que legal, que experiência incrível. Minha mãe já é totalmente ao contrário e se dependesse dela eu jamais teria saído da cidade de Curitiba, no máximo iria visitar os parentes em Santa Catarina (aliás na minha infância também passei as férias em SC, mas no interior). Parabéns pelo post!
Não existe melhor companhia no mundo do que nossas mães. Amo a minha e em muitas das minhas viagens ela vai junto. A amizade e cumplicidade entre vocês duas é muito bonito. Parabéns pelo post e por expressar o amor a sua mãe.
Muito bacana essas voltas da vida. Como vc disse no início, férias na infância é sinônimo de família toda junta. Linda a presença da mãe na sua vida adulta de viajante.
Que delícia de post!!! Mamãe é tudo de bom, né?
Que gostoso viajar com a mãe! Minha mãe ficou anos quase sem sair de casa, por causa de pânico. Após longo tratamento, no ano passado fomos para Orlando. Ela se divertiu muito na Disney e agora vive me perguntando quando será a próxima viagem! Amei seu post, parabéns!
Sabe que depois que eu fiquei ¨adulta¨ nunca mais viajei com minha mae. Mas em compensacao ela vem me visitar sempre aqui no México dou um jeito de sair batendo perna com ela por aí. Somos muito parecidas, gostamos das mesmas coisas e temos o bichinho de conhecer o mundo ativo!!! 🙂 Deu saudades da minha agora, que ta do outro lado do oceano. Beijos.
Ah mas como eu amei esse post. Lembrei quando meus pais foram me visitar na China. Quase enlouqueci algumas vezes mas todo cansaço valeu muito a pena.
Uma das minhas grandes frustrações é minha mãe não ser chegada em viagens – fora nossa casa de praia, só consegui convencê-la a nos acompanhar uma vez a Fortaleza. Gostaria muito que ela nos acompanhasse mais!