Aqueles que viajam pela Ecopista do Tâmega

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Localizada na sub-região do Tâmega e Sousa, Amarante é a cidade do amor, da doçaria, da arte e do românico. É uma pequena cidade, cheia de labirintos de ruas calcetadas e cafés tranquilos, que pede um passeio sem pressa, pelas margens do rio ou de bicicleta, ao longo da antiga linha de trem.

Eleita pelo jornal The Guardian como um dos melhores 21 destinos para passar férias, em 2021, Amarante vai muito além de uma visita a igreja de São Gonçalo e outros monumentos históricos – especialmente para quem é adepto de ecoturismo, enoturismo e cicloturismo. Descubra mais, nos próximos parágrafos!

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Ecopista da Linha do Tâmega

O antigo trajeto ferroviário que ligava a cidade de Amarante a Arco de Baúlhe, desativado desde 1990, foi transformado numa ecopista, com mais de 50 km. Considerada uma das mais belas linhas ferroviárias do país, a Ecopista do Tâmega permite o contato direto com o patrimônio histórico e natural, passando por sossegadas aldeias à beira rio, pontes, túneis, vinhas e pelo Rio Tâmega, ex-líbris da região, que aparece de surpresa em várias partes da ecopista.

Aqueles que viajam pela Ecopista do Tâmega

Logo que sai de Amarante, no quilômetro 16, vai passar pelo Túnel de Gatão com os seus 153 m de comprimento. As entradas do túnel são cobertas por uma vegetação que lhe dão um charme especial. Pausa para fotos!

Cerca de quilômetro e meio depois do túnel, está o cais e a antiga estação de Gatão, com painéis de azulejos e, 150 metros à frente, do lado direito, está a Igreja românica de Gatão. A igreja do século XIII, faz parte da Rota do Românico do Tâmega e Sousa. No cemitério ao lado, está sepultado Teixeira de Pascoaes, escritor amarantino e grande nome da literatura nacional.

Os vinhos verdes, brancos, tintos e rosés, produzidos na região, são muito apreciados em Portugal. Não estranhe, por isso, os muitos hectares de vinha que, ao longo do percurso, tomam conta da a ecovia.
Mas nem só de vinha é composta a ecovia! Vai passar também, por várias estações que estão sendo recuperadas e transformadas em espaços culturais, como por exemplo a estação de Celorico de Basto que acolhe o Núcleo Interpretativo da antiga linha férrea.

Aqueles que viajam pela Ecopista do Tâmega

Antes de chegar a estação de Mondim de Basto vai passar por uma das maiores pontes em granito dos caminhos de ferro da Europa. Com 47 m de altura, a ponte de Matamá construída em 1934, tem 194 metros de extensão. Aqui… pausa para fotos, mais uma vez! A vista para o rio Tâmega e para o Monte Farinha (onde está o Santuário de Nossa Senhora da Graça) é simplesmente surpreendente de linda!

A pedalada termina no edifício da estação do Arco de Baúlhe, hoje Núcleo Ferroviário. Enquanto descansa, antes de pedalar no sentido contrário, aproveite para admirar os painéis azulejares, de 1940.

Aqueles que viajam pela Ecopista do Tâmega

Pontos de interesse:

16 km – Túnel de Gatão
20 km – Ponte de Santa Natália
24 km – Ponte das Carvalhas
27 km – Ponte do Barreirinho
34 km – Celorico de Basto – Núcleo interpretativo da linha do Tâmega
38 km – Ponte de Caniço
39 km – Ponte de Matamá
40 km – Mondim de Basto
43 km – Padredo
51 km – Arco de Baúlhe

Dicas para viajar pela Ecopista da Linha do Tâmega

  • Aqueles que viajam pela Ecopista do Tâmega
  • Circule pela direita (há outros ciclistas a fazerem o percurso em sentido inverso)
  •  A ecopista tem iluminação em grande parte da sua extensão, está pavimentada com asfalto e sinalização para distinguir os espaços para pedestres e bicicletas
  • A ecopista tem um pequeno troço de terra batida, entre Chapa e Codeçôso. São cerca de 5 km!
  • De Amarante até Celorico de Basto não há qualquer bar ou restaurante. Os únicos que ficam junto a ecopista são o restaurante O Chalé (no quilômetro 25) e um bar restaurante na estação de Padredo (no quilômetro 43).

Onde ficar:

Aqueles que viajam pela Ecopista do Tâmega

Há cerca de 5 km da ecopista, está a Quinta da Bouça Fruta Bio – um refúgio onde pode dormir e participar na colheita de maçãs, entre outras atividades para relaxar e se conectar com a natureza.
A quinta agrega um conjunto de chalés e casas rústicas e um moinho que foi transformado em “studio”. Trata-se de um quarto integrado na natureza do Rio Bouro onde pode dormir ao som da água do rio.
O moinho está no seu estado mais puro, sem eletricidade e com duche ao natural, mas com muito conforto para assegurar uma experiência singular!

Onde comer:

Antes de chegar em Celorico de Basto, ao pé da ecovia, está o Chalé, um simpático restaurante que tem no menu deliciosas pizzas e outros petiscos portugueses.
No caso de o Chalé estar fechado (como no sábado de meio dia, por exemplo) pode parar para comer em Celorico de Basto ou, mais a frente, no bar junto a estação de Padredo.

Informações gerais:

Distância: 51,733 km
Onde começa: Amarante, junto à Bomba BP
Onde termina: Antiga Estação Ferroviária Arco de Baúlhe – Cabeceira de Basto
Grau de dificuldade: média