Tour Trás-os-Montes e Douro: história, comida tradicional, vinhos e espumantes de qualidade

Naiara Backago 10, 2017 0

Trás-os-Montes e o Douro são duas regiões que, juntamente com o Minho formam o norte de Portugal. Ali as tradições são de longa data, os cenários são dos mais verdes e naturais e a gastronomia sempre acompanhada de bons vinho e espumante. Basta provar para acreditar!

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Uma publicação compartilhada por Aqueles que Viajam (@aquelesqueviajam) em Jun 3, 2017 às 1:38 PDT

Palácio de Vidago

Não foi por acaso que o rei D. Carlos I mandou construir, em 1910 (ano em que foi instaurada a Primeira República Portuguesa) um palácio real, luxuoso e com uma janela para cada dia do ano em Vidago. Antes fosse, mas não. Vidago é uma vila rica em água gasocarbônica natural, que segundo estudos teria propriedades medicinais. Espertinho o rei, não?

O palácio que na verdade era uma estância terapêutica de luxo ainda existe, mas em forma de hotel 5 estrelas com acesso livre na parte externa. Qualquer um pode passear pelos jardins do hotel e ainda provar a famosa água mineral da fonte das águas de Vidago.

Casa Grande do Seixo

A Casa Grande do Seixo é uma casa histórica do século XVIII localizada numa aldeia, onde é possível contar o número de casas nos dedos das mãos. Sua arquitetura de granito, seus quartos confortáveis e seus detalhes arquitetônicos são super envolventes, mas é lá fora que a atração principal se encontra: as vinhas!

As vinhas plantadas em frente à casa, mais precisamente em frente a piscina e lá em cima no monte garantem a produção de milhares de garrafas do vinho Erbon. Os vinhos, produzidos com as castas Touriga Nacional, Syra e Alicante Bouchet adaptam-se perfeitamente ao solo de Trás-os-Montes, garantindo vinhos estruturados, com aroma a frutos vermelhos e taninos de carvalho francês.

Vinho que é bom, é bom de qualquer jeito, mas quando acompanhado de comida trasmontana… Precisa comentar? Os adeptos de alheiras, presuntos, queijos e carnes bem temperadas sabem que quando o convite é para beber e comer em Trás-os-Montes, o melhor é sentar junto à mesa sem hora para levantar.

Casa de Mateus

Ao contrário do que muitos pensam, a casa estampada no vinho rosé mais popular de Portugal – o Rosé Mateus – não é um uma arte gráfica inspirada num palácio de filme. É sim uma casa de verdade, onde metade é um museu e a outra metade a residência da família proprietária.

Considerada um riquíssimo exemplo da arquitetura barroca em Portugal, cercada por jardins e vinhas a Casa de Mateus, em Vila Real foi construída no século XVIII por Antônio José Botelho Mourão, um senhor que em 1765 foi governador da Capitania de São Paulo.

No interior da casa o que mais impressiona nem são os quartos e nem a sala de jantar, mas sim a biblioteca que além de ser decorada com objetos e móveis super antigos, exibe mais de 6 mil livros, sendo o mais famoso a edição d’Os Lusíadas de 1817.

Quinta do Bucheiro

No Vale do Pinhão, cercada por 40 hectares de vinhas e uma vista deslumbrante para o Vale do Douro, há uma quinta que além de produzir bons vinhos do Douro e do Porto, produz os melhores espumantes do Douro desde 1878. O espumante Travela, feito em método champanhês com as castas Malvasia Fina e Gouveio é envelhecido numa cave a 15 metros de profundidade, onde de forma natural, ficam numa temperatura estável.

Este espumante, envelhecido na própria garrafa tem excelentes características aromáticas. É leve, frutado, macio e com bolhas intensas que penetram no paladar. Saboreá-lo enquanto vê a natureza moldada pelo homem que é o Vale do Douro é das coisas mais simples e ricas que se pode vivenciar.